segunda-feira, 18 de abril de 2011

Simuladores de direção já fazem parte da rotina das auto-escolas

Usados há mais de 30 anos, os simuladores de vôo são indispensáveis para o treinamento de pilotos de aviões. Do céu para as ruas, em alguns países da Europa, como Holanda, França e Reino Unido os simuladores respondem por mais de 70% da formação de novos motoristas. E parece que o Brasil vai entrar nessa onda: o novo Código de Trânsito estuda implantar os simuladores de direção nas auto-escolas do país.
 
A tecnologia é exatamente a mesma dos mais modernos jogos de corrida, mas a diferença está no conceito do projeto. Por ser um software de treinamento, o simulador, diferente dos games, tenta evitar ao máximo que imprudências sejam feitas atrás do volante. Toda vez que o aluno comete algum erro grave, o teste é reiniciado. Além disso, no simulador, o aluno pode experimentar situações de risco que não fazem parte das aulas práticas, como dirigir à noite, com chuva forte e em estradas, por exemplo. "As situações de emergência são treinadas no simulador e quando as pessoas se deparam com elas, já estão familiarizadas", explica Luiz Fonseca, especialista em direção defensiva.

Para desenvolver esse simulador brasileiro, os criadores do projeto enfrentaram alguns desafios, como a inclusão do câmbio manual e pedal da embreagem  e também toda a adaptação das placas, sinalizações e até hábito de condução.
 
Dentro do cockpit, é quase tudo igual a um carro de verdade: o simulador tem limpador de pára-brisas, farol, freio de mão e até cinto de segurança. Nós testamos um deles. E apesar de ser um grande avanço, algumas funções estão longe do que realmente acontece no dia-a-dia.
 
Por exemplo, para usar os retrovisores, tanto externos como interno, é preciso apertar um botão – o que pode tirar a atenção do aluno. O cinto de segurança também é acionado através de um botão e a noção de espaço enquanto se dirige é um tanto difícil de assimilar. "A mecânica que o aluno usa no simulador serve para condicioná-lo e, quando for para um carro real, ele conseguirá utilizar os equipamentos facilmente", completa Luiz Fonseca.

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